segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Revista de Vinhos elegeu ‘Os Melhores do Ano 2016’

Foram cerca de mil pessoas que estiveram na Alfândega do Porto para assistir à 20.ª edição dos Prémios ‘Os Melhores do Ano’ da Revista de Vinhos. Uma cerimónia que voltou a eleger o melhor que se faz em Portugal, mostrando também a enorme vitalidade do sector do vinho no nosso país. 
 
 
Entre os muitos prémios, destaque para o ‘Senhor do Vinho’, atribuído a João Portugal Ramos – que já havia sido premiado como ‘Produtor Revelação 1998’, ‘Enólogo do Ano 2000’ e no que toca às práticas de ‘Viticultura’, referente ao ano de 2010 – pela sua carreira, que em muito ajudou a mudar a enologia portuguesa, e tributo prestado aos vinhos, em especial aos do Alentejo. Região esta para a qual foram também os ‘Prémios Especiais’ de ‘Organização Vitivinícola’ (Vinhos do Alentejo), ‘Adega Cooperativa’ (de Borba) e o ‘Produtor do Ano’ (à Herdade da Malhadinha Nova).

Mais do que os prémios e distinções, os “Óscares do Vinho” são o momento alto de um ano inteiro de trabalho, são o reconhecimento do esforço e da dedicação das pessoas que trabalham o vinho e a vinha todos os dias. Falando em pessoas, a 20.ª edição consagrou Jorge Serôdio Borges e Carlos Alves como enólogos do ano, o primeiro de forma absoluta e o segundo nos ‘Vinhos Generosos’. Duriense de gema, Jorge Serôdio Borges produz vinhos de excelência com provas dadas a nível nacional e internacional. Carlos Alves é um grande nome ligado aos vinhos do Porto; fez a sua primeira vindima em 2003 na Calém e passados 10 anos assumiu a liderança da equipa de enologia do grupo Sogevinus. Ainda nos vinhos generosos, a Adriano Ramos Pinto foi eleita ‘Empresa do Ano’. Também para o Douro foi a distinção de ‘Produtor Revelação’, uma quinta com largas tradições agora inteiramente renovada nas mãos da dupla Lima Smith, da Quinta da Boavista.

Ainda a norte, o prémio de melhor ‘Viticultura’ foi entregue à Aveleda. Descendo um pouco, a Sociedade Agrícola Boas Quintas, no Dão, arrecadou ou galardão de ‘Empresa do Ano 2016’ e, num mix de duas regiões, o prémio de ‘Identidade e Carácter’ foi entregue à V Puro, pelo trabalho desenvolvido na região da Bairrada, e em simultâneo à C2O pelos vinhos que nos faz chegar da região do Dão.

No que toca à emblemática gastronomia portuguesa, a Revista de Vinhos condecorou o chef Miguel Castro e Silva com o meritório e emocionante ‘Prémio de Gastronomia “David Lopes Ramos”’. O galardão de ‘Melhor Restaurante do Ano 2016’ foi para o Mesa de Lemos, em Silgueiros, cabendo a distinção de ‘Cozinha Tradicional Portuguesa’ ao Gaveto, em Matosinhos. Rodolfo Tristão ganhou o título de ‘Sommelier do Ano 2016’, numa categoria que regressou nesta edição.

O Monverde Wine Experience Hotel, em Amarante, foi galardoado no ‘Enoturismo’ e ao Wine Quay Bar, no Porto, coube o troféu reservado à categoria de ‘Wine Bar’. Se o prémio ‘Garrafeira’ viajou até à Cave Lusa, em Viseu, coube a Manuel Tavares, em Lisboa, ganhar na categoria de ‘Loja Gourmet’. A mensagem “EA, a inspiração bebe-se”, criada pelo Atelier Albuquerque Design para a Fundação Eugénio de Almeida, levou consigo o prémio de melhor ‘Campanha Publicitária’.

A atribuição dos ‘Prémios Excelência’, que distingue os 30 melhores néctares, foi outro dos momentos altos da noite. Prémios nos quais o Douro voltou a destacar-se com 9 referências – 8 tintos e 1 branco –, seguidos novamente pelo vinhos alentejanos com 7 distinções. À Bairrada couberam três prémios, um deles para o único espumante a perfilar nesta lista: o ‘Kompassus Blanc de Noirs’. Os Vinhos Verdes e o Dão inscreveram dois vinhos cada nos premiados, ao passo que a região de Lisboa conseguiu através da Adega Mãe entrar neste lote tão restrito. As restantes cinco distinções com o ‘Prémio Excelência’ foram entregues aos vinhos generosos, três vinhos do Porto, um vinho da Madeira e dois Moscatéis de Setúbal. 

#avinhar



 

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