quarta-feira, 26 de julho de 2017

Vinilourenço

Um estado de Graça no Douro

A vinha em Poço do Canto


Não, nada disto é inocente, nada disto é obra do acaso. Graça é a mãe de Jorge Lourenço e que dá nome a alguns dos vinhos da casa (D. Graça), uma empresa recente de nome vinilourenço com pouco mais de uma década de actividade. O negócio foi iniciado por Horácio Lourenço, pai do Jorge Lourenço, que adquiriu alguns terrenos na região da Mêda e que plantou as primeiras vinhas. O negócio cresceu, o Jorge também, e por infelicidade do destinho da partida de Horácio, Jorge pegou no negócio e o fez crescer.

A adega está localizada em Poço do Canto, uma pequena localidade próximo da Mêda, na margem sul do rio Douro em plena sub-região do Douro Superior. Uma zona de altitude, onde a vinilourenço tem cerca de 45ha de vinha, espalhados por diversas localizações, em parcelas Poço do Canto (~700m altitude), Vale da Teja (~450m altitude) e Pocinho (~150m altitude).

Nova plantação no Vale da Teja
Interessante o trabalho de viticultura, onde se pretende preservar e elevar as castas da região. Nas brancas, domina o Viosinho, casta sobre a qual o produtor faz alguns dos seus melhores brancos traquilos, mas da qual também já faz espumante (e mais algumas novidades para breve). Outras há, como a também conhecida e regional Rabigato, mas outras menos conhecidas, como a Donzelinho ou a Samarrinho. Nas tintas, também há um pouco de tudo, com as clássicas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca ou Tinta Barroca, mas também com outras menos famosas, como o Sousão (Vinhão), Tinto Cão ou Bastardo, e ainda algumas ilustres desconhecidas, como a Casculho. É sempre de enaltecer o trabalho de preservação e de estudo, pois o produtor conta com um pequeno campo de ensaios, onde tem mais de 30 castas da região.

Uma das especialidades da casa, o Viosinho, um branco Reserva
Esta diversidade é o que lhe confere diferenciação, pois numa época onde proliferam bons vinhos e onde já é raro encontrar vinhos defeituosos, o produtor destaca-se por ter qualidade à qual alia a diferenciação e bom preço. Quantas referências conhece de um monocasta Samarrinho? E de um Donzelinho? Ou até mesmo de um Bastardo? Aposto que não conhece nenhum de Casculho!

Um dos poucos monocastas Sousão da região
Não é fazer monocastas por fazer, são vinhos com um perfil diferente, que revelam um carácter muito próprio. E não só de monocastas vive a casa, pois muitas são as referências onde predomina o lote de várias castas, o mais usual na região e practicamente em todo o país. Para além dos vinhos D. Graça, juntam-se as referências Fraga da Galhofa, Poço do Canto, D. G., Rabugento, Mau Feitio, Insuspeito e Pai Horácio.

Muitas referências para uma casa relativamente pequena, mas com um trabalho de qualidade e com algumas referências quase únicas. As novidades não têm parado, e muitas outras estão para sair em breve. Sem dúvida, um produtor a acompanhar e a provar!

Mais novidades em breve...
Avinhado a 12 de Junho de 2017
#avinhar

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